terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Os caminhos para uma agricultura orgânica em larga escala

Fazenda Bela Vista



A produção orgânica, ou seja, aquela que dispensa a utilização de insumos agrícolas com componentes químicos – fertilizantes e defensivos, por exemplo – pode apresentar resultados positivos na agricultura em larga escala. É o que afirma Reginaldo Morikawa, Presidente da Associação Brasileira da Avicultura Alternativa (Aval). Para Morikawa, é preciso ir contra essa ideia de que alimentos orgânicos só servem para um determinado nicho de mercado e aponta como um dos maiores desafios para a produção agrícola orgânica em larga escala a falta de equipamentos adequados.
“O maior desafio do orgânico em larga escala são as perdas que ocorrem na etapa da colheita, justamente pela falta de equipamentos adequados”, afirma Morikawa, que também atua como diretor superintendente da Korin Agropecuária, empresa especializada em alimentos e produtos orgânicos.
Um exemplo de que tal produção seja realmente possível é, segundo Alexandre Borges, CEO da empresa especializada em produtos orgânicos Mãe Terra, a Native, líder mundial na produção e comercialização de açúcar e álcool orgânicos.
Para Borges, é necessário derrubar o mito de que alimento orgânico é “coisa de ‘ecochato’, caro e que não tem gosto” e ressaltou ainda que muitos produtos que são pensados para serem totalmente orgânicos não conseguem sair do papel por ainda não poderem ser feitos sem o uso de ingredientes químicos.
O CEO da Mãe Terra ainda afirmou que o agronegócio brasileiro precisa investir na construção das marcas, valorizar os ingredientes nativos e investir nas exportações de produtos de maior valor agregado.
Tanto Borges quanto Morikawa vêem com otimismo o segmento de orgânicos em 2017 e acreditam no seu crescimento.
Fonte: InfoMoney

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