quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Silenciado o canto das juritis. Aves nativas são mortas por agrotóxicos na Ponte Alta, no Gama (DF); O veneno que mata o pássaro também mata o homem


Clique nas imagens para ver o que o agrotóxico e a omissão do Estado estão causando no Gama, DF, e na sua saúde. É o veneno em sua mesa.

A seguir relato e fotos de um cidadão do Gama preocupado com o meio ambiente e a saúde das pessoas

Várias espécies de aves nativas tem sido envenenadas na região da Ponte Alta de Baixo, nas lavouras localizadas nas margens da rodovia DF-180 que liga esta a DF-290 à Br-060 (entroncamento do Engenho das Lages) . Foi constatada a mortandade desses pássaros nas plantações de milho, causada por uso de um agrotóxico  conhecido como furadan conforme informações apuradas no local  pela Patrulha de Inteligência Ambiental.

Numa dessas lavouras  de milho um gavião  ao se alimentar de uma juriti também foi morto. A ave estava envenenada.


Esse agrotóxico, que é misturado  nas sementes na hora do plantio, envenena as aves que  tentam se alimentar. É colocado nas covas com objetivo exclusivo de eliminar  essas aves  que desenterram as sementes e se alimentam, até mesmo depois de germinadas. É um método criminoso —a aplicação de tal agrotóxico— que além de ameaçar a  extinção dessas aves, causa danos ao meio ambiente e à saúde  humana. Esse agrotóxico, de  acordo com pesquisas,  infiltra no solo contaminando-o, chegando até  às águas e permanece  na planta da raiz ao fruto e  ao ser consumido pode provocar câncer e  morte em animais ruminantes, e também ao homem.

Existem outros métodos de proteger o plantio dessas lavouras  dessas aves, um deles é fazer uso de rojões, alto-falantes com  ruídos estridentes, vigilância, espantalhos, e outros.

Alguns agricultores dessa região ao fazer o plantio, deixam espalhados  fora das covas  grãos dessas sementes  para essas aves se alimentarem, evitando que não desenterrem as que foram semeadas. Poucos agricultores da Ponte Alta  não utilizam esse agrotóxico, usando métodos não danosos ao meio ambiente e ao homem para preservar as  suas lavouras.

CRIME AMBIENTAL
A utilização desse agrotóxico nas lavouras é crime ambiental, conforme a Lei 9.605/98 no seu artigo 56. O Decreto 3.179/99 que regulamenta esta lei reza no seu artigo 43-São crimes, produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou em seus regulamentos:  Multa de R$ 500,00 ( Quinhentos reais) a R$ 2.000.000,00 ( dois milhões de reais) 

O emprego de produtos químicos no combate às ervas daninhas e pragas nas lavouras, pode causar sérios problemas ao solo, ao meio ambiente, contaminar os alimentos e acabar causando danos ao consumidor final dos alimentos, em geral, de natureza respiratória, neurológica, cancerígena, entre outras. Intoxicação, dor de cabeça, mal estar, fraqueza, sonolência e dor no estômago são alguns dos principais efeitos dos agrotóxicos sobre a saúde das pessoas que trabalham com esses produtos.
Uma equipe da Patrulha de Inteligência Ambiental, ONG que investiga crimes ambientais, esteve nessas lavouras e registrou  a morte dessas aves e até armadilhas para capturá-las (veja fotos). No lado oficial uma viatura do BPMA-DF do GTA ( Grupo Tático Ambiental) esteve numa dessas lavouras, ouviu trabalhadores mas não registrou fotos de aves mortas.
Tudo leva a crer que está havendo  descumprimento do artigo 225 da Constituição Federal e da Lei 9.605/98  por parte dos órgãos do Poder Público encarregados de proteger o meio ambiente, não fiscalizando a forma de plantio dessas lavouras no DF. Aonde  estão a EMATER-DF, IBRAM, DEMA, entre outros,
Uma cena que não se repete mais às tardes na avenida Contorno,  margeando à quadra 12, Conjuntos A e B,  do Setor Sul do Gama, é   revoada das juritis (pombas do bando)  vindo da região da Ponte Alta de  Baixo e indo para  o pouso na região de Santa  Maria.  Tem sido  assassinadas nessa região.
Além do agrotóxico, arapucas são colocadas para captura das aves.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Truque da garrafa PET


Para reduzir o consumo de água no banheiro, se você tem um vaso sanitário mais antigo na sua casa, há um truque que é tiro e queda e não danifica o equipamento. Encha uma garrafa PET com água, areia ou pequenas pedras, tampe-a e coloque-a dentro do vaso da descarga. Mas preste atenção, não é dentro do vaso sanitário, e sim do vaso da descarga, aquele que se enche de água para mandar os dejetos esgoto abaixo.
Assim, ela ocupará um espaço que seria da água e fará com que o equipamento encha mais rápido. Dessa forma, você evita o gasto desnecessário de água sem impactar a eficiência da descarga.
Você irá economizar a quantidade de água relativa ao tamanho da garrafa. Ou seja, uma garrafa de um litro representa um litro a menos de água a cada descarga.

Os caminhos para uma agricultura orgânica em larga escala

Fazenda Bela Vista



A produção orgânica, ou seja, aquela que dispensa a utilização de insumos agrícolas com componentes químicos – fertilizantes e defensivos, por exemplo – pode apresentar resultados positivos na agricultura em larga escala. É o que afirma Reginaldo Morikawa, Presidente da Associação Brasileira da Avicultura Alternativa (Aval). Para Morikawa, é preciso ir contra essa ideia de que alimentos orgânicos só servem para um determinado nicho de mercado e aponta como um dos maiores desafios para a produção agrícola orgânica em larga escala a falta de equipamentos adequados.
“O maior desafio do orgânico em larga escala são as perdas que ocorrem na etapa da colheita, justamente pela falta de equipamentos adequados”, afirma Morikawa, que também atua como diretor superintendente da Korin Agropecuária, empresa especializada em alimentos e produtos orgânicos.
Um exemplo de que tal produção seja realmente possível é, segundo Alexandre Borges, CEO da empresa especializada em produtos orgânicos Mãe Terra, a Native, líder mundial na produção e comercialização de açúcar e álcool orgânicos.
Para Borges, é necessário derrubar o mito de que alimento orgânico é “coisa de ‘ecochato’, caro e que não tem gosto” e ressaltou ainda que muitos produtos que são pensados para serem totalmente orgânicos não conseguem sair do papel por ainda não poderem ser feitos sem o uso de ingredientes químicos.
O CEO da Mãe Terra ainda afirmou que o agronegócio brasileiro precisa investir na construção das marcas, valorizar os ingredientes nativos e investir nas exportações de produtos de maior valor agregado.
Tanto Borges quanto Morikawa vêem com otimismo o segmento de orgânicos em 2017 e acreditam no seu crescimento.
Fonte: InfoMoney